Era um daqueles dias em que algo especial iria acontecer, mas Duda Dursley nem poderia imaginar que a festa surpresa preparada para comemorar o 11º aniversário de seu filho Harry não seria a única surpresa que aconteceria a cerca dos Dursley naquela tarde na Rua dos Alfeneiros nº 7.


Alice acabara de sair para terminar de comprar os últimos enfeites da tão esperada festa surpresa, enquando Duda levara Harry à escola.
A mesma escola em que anos atrás Tio Válter ficou tão orgulhoso de matricula-lo.


Caminhando pela Rua dos Alfeneiros, ele admirava as crianças brincando no único parquinho da redondeza, aquele mesmo parquinho em que seu primo, cujo nome ele deu ao seu filho, o salvou dos monstros bizarros que ele agora, estava tentando lembrar o nome:

- Dentadores? Delinquentes? Defensores? DEMENTADORES! - Exclamou ele, dando um susto em Harry. - Desculpe filho, estava lembrando de uma história aqui com o seu tio.
- Tio papai? Que tio? - intrigou-se Harry.
- Ah filho, um tio seu distante que eu ainda sinto muita falta! - entristeceu-se ao lembrar que poderia ter aproveitado muito mais aquele primo tão legal.


Continuou olhando as crianças, pensando agora como estaria Harry Potter, se voltaria à vê-lo um dia.
As crianças estavam brincando muito animadas e parecia que o tempo que passavam juntas na escola não eram o suficiente. A preocupação dos pais se esvaia quando viam o sorriso e a alegria contagiante de seus filhos.

Duda então parou no parquinho com Harry e disse:

- Vamos faltar aula hoje filho? É seu aniversário e eu prometo não contar pra sua mãe!


Com um enorme sorriso no rosto, Harry largou sua mochila de rodinhas e correu para o parquinho junto das outras crianças sem pensar duas vezes.
Duda sentou-se em um dos bancos e observou seu filho orgulhoso.
Nesse momento não havia outra criança mais feliz no mundo e mal sabia ele que sua alegria só estava começando.

Duda era visivelmente o pai mais feliz entre todos os outros, mas algo o incomodava por trás daqueles sorrisos. Apesar de ter sido há muito tempo, Duda ainda se lembrava do aniversário de 11 anos de seu primo.
Assim como seus pais, Petúnia e Válter Dursley, Duda menosprezava qualquer indicio da existência de magia, até que Harry o salvara de um ataque de dementadores alguns anos atrás como havia se lembrado à pouco.
Naquele dia, ele pensou que nunca mais seria feliz. Eram criaturas horríveis e horripilantes.
Daquele dia em diante, Duda deixou de infernizar a vida de seu primo e passou à respeita-lo.

Olhando para Harry naquele parquinho, onde tudo aconteceu tão de repente, as lembranças não paravam de atormenta-lo e só um chamado de seu filho o despertou de seus devaneios.
Harry acabara de encontrar um filhote de coruja branca embaixo do escorregador. Ela não estava machucada nem nada parecido, mas não se movia por nada, ficou ali encarando Harry até Duda chegar.
Quando Duda se aproximou, ela olhou instantaneamente e fixamente para ele, assustado, saiu puxando seu filho para longe da ave.
Uma loucura passou por sua cabeça. Será que seu filho... não, não podia ser, impossível!
Perplexo, Duda continuou arrastando Harry que cada vez ficava mais assustado com seu pai. Gritando para que ele parece de puxa-lo, ele começou a chorar. Foi aí que Duda parou e olhou para trás e viu que a ave já não estava mais ali. Procurou pela redondeza inteira do parquinho, mas não à viu.
Ajoelhou-se para falar com Duda e pediu para que ele parasse de chorar, pois iriam voltar pra casa para conversar e se divertir mais um pouco.


Na volta pra casa, Duda estava muito tenso, apertava com força a mão de Harry e andava cada vez mais rápido, quase correndo. Harry tentava acompanhar os passos do pai, olhando para seu rosto que ficara cada vez mais vermelho. Harry tentou pedir ao pai para pararem um pouco na casa de seus avós, o nº 4, mas Duda não lhe deu ouvidos, até porque eles já deviam ter ido para o nº 7 ajudar na preparação da festa. Pensando nisso, Duda freou bruscamente e pensou, como chegaria com seu filho à essa hora em casa? Ia estragar a surpresa!
Harry sem entender nada, começou à fazer um monte de perguntas, e seu pai disse que logo lhe explicaria e ofereceu um sorvete.
Mesmo sem Harry ter aceitado, eles já estavam dando meia volta e se encaminhando para a sorveteria local. Duda tentou puxar assuntos aleatórios e estranhamente animados:


- Eu acho que hoje vou tomar apenas um picolé de limão. Esse era o preferido de seu tio. Ah filho, quer saber mais sobre seu tio? Acho que posso te contar algumas coisas. Que tal? Vamos, vamos logo. Pode pegar quantas bolas de sorvete quiser.

Tudo estava passando pela sua cabeça, achava que estava ficando louco como seu pai no primeiro ano de Harry Potter na escola de magia e bruxaria de Hogwarts, pensou como Harry estava se sentindo vendo ele agir dessa maneira, tentou lembrar o que tinha pensado sobre seu pai, mas só vinha a imagem das corujas batendo na janela e no assoalho da casa, das cartas voando pela sala de estar e a cara de Harry Potter suplicando por uma delas.
Chegando à sorveteria, Duda jogou a mochila de rodinhas de Harry em uma das primeiras mesas e correu para pegar o picolé de limão de que tinha falado. Sentou-se e empurrou Harry até a vasta mesa de sorvete:

- Vá, pegue logo tudo que quiser e venha para ouvir minhas histórias.

Harry ainda muito assustado, pois nunca tinha visto seu pai assim e nem sabia que tio era esse que ele estava falando, fez o que o pai pediu, pegou varias e varias bolas de sorvete e correu para a mesa ao lado da enorme janela onde tinha escrito "Ice Cream".
Antes de prestar atenção nas loucuras de seu pai, Harry olhou através desse vidro para a rua e tentou não esboçar nenhuma reação perto do seu pai para com o que ele tinha visto. Por sorte, Duda estava tão animado para contar tais histórias e também com seu sorvete de limão que nem percebeu.
Harry resolveu então escutar primeiro o pai e depois se a pequena ave continuasse ali, os olhando, aí sim ele à mostraria!

Duda acabou de se lambuzar com seu picolé e se pôs à falar:

- Filho, eu sei que nunca contei de seu tio para você, mas ultimamente ele vem estado cada vez mais assiduamente nas minhas memórias. Seus avós, tios dele, meus pais, depois que ele nos deixou, que casou e vou viver a vida dele, como eu estou vivendo a minha, me fez jurar que não desenterraria as lembranças dele para nós, não me deixou contar nem mesmo à sua mãe sobre sua existência. Ele veio morar conosco ainda bebê, seus pais morreram... bom, morreram em um acidente trágico, ou seja, ele era órfão e não tinha ninguém à não ser a gente. Por um milagre, sua avó aceitou ficar com ele. Digo por um milagre, pois ela e a irmã, mãe dele, não eram nada nada chegadas. Quando ele completou 11 anos, começou à acontecer umas coisas estranhas, que foi piorando à cada ano, a raiva de seus avós por ele, e é por isso filho, que nunca contei dele, mas acho que você tem o direito de conhecer ele, vou procurar contato com ele e lhe apresento, ele já me salvou a vida uma vez, ele é um grande... homem! Você vai adora-lo e espero que tenha tido filhos e ainda seja muito feliz, quero conhecer meus sobrinhos e... Filho, está prestando atenção em mim? O que você está olhando?

Vendo que o pequeno Harry não estava prestando atenção no que ele estava contando, Duda olha na mesma direção que seu filho e não acredita no que vê. A mesma corujinha branca, ali parada, olhando para os dois fixamente novamente.
Duda vira pra Harry e toma coragem à perguntar, se tem acontecido algo com ele, como aconteceu com o outro Harry. Mas no mesmo instante pensa melhor e resolve deixar pro dia seguinte, afinal se tudo fosse pura coincidência, o segredo seria revelado em vão.
Olhando para seu filho, vê que os olhinhos dele brilhavam ao ver a pequena corujinha e sem pensar muito, se levanta, vai até ela à pega para levar pra casa. Harry não acredita na ação do pai, mas não também não quer pensar nisso agora, de volta ao caminho de casa, abraçando e acariciando docilmente a corujinha ele olha pro pai, agradece e pergunta qual o nome pode dar.
Sem olhar para ele, ele responde de imediato: Hedwiges!
Harry acha o nome um pouco antiquado, meio caído, antigo mas como foi o pai que escolheu, e pareceu tão convicto, aceita!

Chegando à porta da casa nº 7, Duda para Harry em frente a caixa de correio e à abre. Por um segundo achou que teria algo ali dentro, mas por sorte, ou não, não havia nada.
Ele ajoelhou-se na frente do menino, olhou dentro dos olhos dele e disse:

- Seus avós devem estar aí, eles não gostam nem um pouquinho de corujas, então que tal escondermos ela na sua mochila e leva-la para o seu quarto em segurança?

- Tudo bem papai, não quero contraria-lo hoje, o senhor não me parece muito bem! - disse o pequeno Harry e soltou uma risadinha junto com o pai.

Então apressaram-se à esconder a corujinha em sua mochila e foram caminhando lentamente com ela até porta. Assim que Duda abriu a porta, todos saltaram na frente do pequeno Harry e gritaram: - SURPRESA!
Harry não sabia se pulava de alegria ou protegia a mochila dos empura-empura em cima dele.
Ele olhou para o pai, que correu à pegar a mochila e levar para o quarto no segundo andar, onde lá, nada e nem ninguém iria descobrir a avezinha.

Mesmo brincando e se alegrando com seus amigos, Harry não parava de olhar para seu pai, suplicando com os olhos que vigiasse a pequena Hedwiges.
Periodicamente via-se Duda subindo ao quarto de seu filho, mas por sorte, com tanta algazarra das crianças, quase ninguém viu, e quem viu nem ligou muito.

Por volta das 19h os convidados começaram à ir embora, até que sobrou apenas os 5 Dursleys.
Por mais defeitos que seus pais tivessem, Duda os amava, porém hoje, ele estava doido para que fossem logo embora, para poder ficar à sós com Alice e poder contar tudo para ela também. Tudo que havia dito para Harry, tudo que havia acontecido e tudo que havia trago pra casa.
Mesmo achando e sendo mesmo indelicado, disse aos pais para irem logo pra casa pois já estava ficando tarde e ele estava um pouco mais cansado que o normal. E já encaminhando-os para porta, foi se despedindo ali mesmo, de qualquer jeito.
Assim que fechou a porta, Harry correu para o quarto para ver a pequena coruja e Alice sem entender nada o ficou olhando.
Duda à fez sentar, dizendo que tinha trago novidades e precisavam conversar, no mesmo instante a campainha toca.
Harry desce correndo assustado, Alice continua sentada no sofá sem entender nada, assim como o pequeno Harry ficou e Duda irritado, achando que seus pais tinham voltado para insistir em ficar, foi abrir a porta já de cara amarrada e com mil foras pra dar. Porém quando ele viu quem estava à sua frente, todas as palavras, sentimentos, sentidos, forças e formas se esvaíram.

Se tratava de nada mais, nada menos que Harry Potter. Sim, seu primo que há muito não via, estava ali na sua frente!

Sem sabe o que fazer, o que falar, o que explicar, o que pedir, ele estendeu a mão afim de cumprimenta-lo. Harry, muito simpático retribuiu o gesto e pediu pra entrar, afinal ninguém queria que Petúnia e Válter vissem ele ali né?!
Com vestes muito bonitas e elegantes, Duda pôde ver que ele se tornou um bruxo muito bem sucedido.
Ainda no hall de entrada, Alice aparece e pergunta quem é o rapaz e o pequeno Harry ainda parado na metade da escada, sem saber como, responde:

- É o meu tio! Não é pai? Esse é o meu tio que o senhor me contou hoje!

Não tão surpreso por Duda ter escondido, todos esses anos, o seu passado, ele mesmo estende a mão e se apresenta à Alice.
Duda ainda sem saber o que fazer, ainda perplexo pela visita surpresa, o convida à se sentar. Harry diz que o assunto era coisa rápida, mas que agora, achava melhor explicar tudo desde o começo. Pediu que deixasse por conta dele, e se pôs a falar tudo.
Alice não esboçava uma reação, olhava pra ele como se sentisse pena por acha-lo maluco. O pequeno Harry, ainda estava na sentado na metade da escada o encarando, encarando aquela cicatriz em perfeita forma de raio. Sem entender ao certo se podia ou não acreditar em tudo que ouvia.

Após muita conversa, ele Harry Potter se vira para Harry Dursley e pergunta:

- Vai querer vir junto comigo pequeno Harry? - e após pronunciar seu nome, olhou para Duda com um sorrisinho no canto da boca e o agradeceu, acenando com a cabeça.

O pequeno Harry assutado, olhou para seus pais, Duda abraçado com Alice que agora chorava, e não sabia se era de nervoso, tristeza, felicidade, ansiedade ou sei lá mais o que. Não quis interferir, como seu pai havia feito na noite de aniversário de 11 anos de seu primo.
A primeira reação de Harry Dursley, foi correr para o quarto e pegar sua nova mascote, voltando para sala de estar da casa nº 7 da Rua dos Alfeneiros e dizendo:

- Eu só vou se eu puder levar minha nova amiguinha! Eu ganhei ela hoje do meu pai e não queria me desfazer dela.

Harry tomou um susto ao ver a coruja branca que era idêntica à sua falecida Hedwiges. Harry olhou para Duda que sorriu e disse:

- Sabe qual o nome eu sugeri e ele aceitou Harry? - Perguntou Duda com os olhos brilhando.

- Hedwiges? - disse Harry feliz.

- Sim! E eu espero que elas se deem bem não é? - disse Duda que ainda não sabia das ocorridas mortes e 'fofocas' por parte do Harry desde aquele último dia.

- Hedwiges morreu primo! Infelizmente naquela mesma noite, ela foi assassinada por um dos comensais da morte! - exclamou Harry triste.

Após muitos lamentos e perguntas e respostas da parte do pequeno Harry e de Alice, Potter decide então que é hora de ir.
Ele agradece à Duda primeiramente por não ter ser tornado como seu pai, depois agradece à Alice por ter aceito tudo com tanta calma e assim se encaminha para Harry, incentivando e o ajudando à entender cada vez mais porque ele não era mais o Harry... Só Harry! E sim um bruxo... o mais novo bruxo Harry Dursley, que assim como ele, seria um bom aluno e também um bom amigo!
Potter fez questão de levar Harry pra sua casa antes de ir ao beco e tudo o mais, para conhecer melhor a magia e sua outra parte da família. Também fez questão de levar Duda e Alice ao Beco Diagonal assim como os pais de Hermione foram no seu segundo ano.

E é assim que começa a história da nova geração Harry, Harry Dursley!
Em qual casa será que ele cairá heim?! hahaha


FIM!
Escrito por: Mahyara França


5 Comentários

  1. Eu amei continue assim rsrssrrsrsrrsrsrsrsrsrsrsrsrsr

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    1. Obrigada Loki!
      Vou tentar continuar sim, só tem que vir a inspiração! ;)
      Eu mesma estou ansiosa para saber em qual casa ele deve cair! xD rsrs'
      Talvez eu faça uma enquete pra vocês mesmos decidirem!! ^_^
      Acho que assim seria bem dinâmico não é?!
      Espero que continue seguindo o blog!
      Tenha uma linda tarde! E até a próxima! o/

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  2. Esperando o término, quero ser o último dono do seu coração

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    1. hahaha caramba, me perdoe! eu não recebi notificação sobre essa sua mensagem! Poxa vida, porque está como anônimo? mesmo não sabendo quem é, agradeço muito por ter se interessado <3 Logo eu escrevo mais! Só me falta jogar a preguiça de lado e chamar a criatividade de volta! kkkk :* enfim... volte sempre que quiser!! Ficarei muito feliz.

      Hasta o/

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  3. Falando do Harry Dursley haha S2

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